terça-feira, 13 de outubro de 2009
BRASIL NO CLIMA
Movimento Brasil no Clima
Mobilização geral pelo clima.
O movimento Brasil no Clima vai prosseguir na mobilização iniciada Setembro, com vistas à Conferência da ONU para mudanças climáticas, que acontecerá entre os dias 7 a 18 de Dezembro, em Copenhagen. O papel do Brasil é crucial nessa conferência que, até o momento, não dá margem a muito otimismo.
Agora não há mais dúvidas, as conseqüências do aquecimento global são extremamente graves e seus efeitos já se fazem sentir. É dever de todos os países fixar metas de redução de gases de “efeito estufa”.
Queremos o Brasil no Clima! O Brasil precisa participar dessa mobilização planetária.
Nossa reivindicação é simples: o governo Lula deve estabelecer metas de redução, já, para o período até 2012, quando o Protocolo de Kioto será substituído por um novo acordo internacional. As metas, até 2012 devem ser fixadas, soberanamente, pelo Brasil, após um debate público e transparente.
É elementar o que estamos pedindo! O Brasil reduzir emissões significa, principalmente, combater as queimadas na Amazônia e o desmatamento! É eliminar os lixões e adotar outras medidas que também são boas para o meio ambiente local.
E dando continuidade às ações de mobilização popular propostas pela campanha Brasil no Clima, que visa cobrar dos governos e da sociedade civil atitudes em defesa do clima do planeta, desta vez, o movimento ganha as ruas da zona norte carioca.
O grande Méier foi o local escolhido para essa próxima mobilização em função de sua importância econômica, ecológica e social, representando toda amplitude desta região do Rio que integra a chamada Ap3 (zona norte), área de maior déficit per capto na arborização pública urbana.
O encontro dos Verdes terá início a partir das 10h de domingo, na Praça Agripino Griecco, no começo da Rua Dias da Cruz (Pista de Lazer fechada ao transito de veículos) e seguirá pela mesma até a esquina com a Rua Magalhães Couto, em frente ao shopping do Méier. A caminhada contará com a presença de diversas organizações sociais como a Fundação OndAzul, GRUDE, Instituto Viva Verde, entre outras e das lideranças verdes da cidade do Rio de Janeiro, Alfredo Sirkis, Aspásia Camargo, Paulo Messina e Fernando Gabeira.
O BRASIL PARA O BRASIL
Cada relatório científico, sobre o aquecimento do planeta é mais preocupante do que o anterior. Sistematicamente, confirmam-se os cenários piores dentre os elaborados pelos cientistas do IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change) da ONU.
Atualmente, a maior preocupação está no derretimento, muito mais rápido do que o previsto, do pólo Ártico e das geleiras do Himalaia e dos Andes. Essas geleiras são responsáveis pelo abastecimento de água de mais de bilhões de pessoas! O derretimento do Ártico não só influencia o nível dos oceanos, como acarreta a liberação na atmosfera de enormes quantidades de metano armazenadas no gelo.
O Brasil joga um papel fundamental pois, dentro de toda dificuldade, tem mais facilidades relativa em conter suas emissões que ainda provêm, majoritariamente, das queimadas na Amazônia. No entanto, já se faz sentir a influência das absurdas termoelétricas a carvão e da ampliação do transporte rodoviário, em geral. O novo inventário brasileiro de Gases de Efeito Estufa (GEE) vai mostrar um forte incremento das fontes de emissão não-florestais.
Para tanto, o Brasil precisa ter uma proposta audaciosa e assumir compromissos claros em relação a suas próprias emissões.
PROPOSTAS DO MOVIMENTO BRASIL NO CLIMA:
I - Desmatamento zero: uma moratória do desmatamento na floresta amazônica, uma vez que o próprio Ministério da Agricultura admite que já há espaço de sobra para pecuária e para a agricultura em terras já desmatadas previamente e, que a fronteira agrícola pode se estabilizar. Isso depende de fiscalização, repressão aos desmatadores mas, também, de subsídios aos pequenos produtores para manter a floresta em pé e pode ser financiado, em boa parte, por créditos de carbono.
II - Carvão zero: uma moratória na construção de novas termoelétricas a carvão. A adoção de regras na neutralização do carbono das siderúrgicas e de outras indústrias. Elas deverão; não só neutralizar suas emissões de carbono, financiando projetos de compensação, por absorção ou redução de carbono noutras atividades; como ter uma meta adicional idêntica àquela meta de redução que seja nacionalmente prevista para o setor industrial e de transportes.
Responsabilidade geral planetária baseada no dois seguintes critérios:
1 - Poluidor pagador: os países industrializados (Europa, Japão, EUA) devem contribuir com o esforço internacional de financiamento da reconversão mundial para o baixo carbono na proporção de suas responsabilidades históricas no acúmulo de GEEs na atmosfera, ou seja, 70%.
2 - Metas para todos: todos os países -- inclusive os grandes emergentes.
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