quarta-feira, 22 de setembro de 2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Gabeira confirma candidatura e nega Plano B


O deputado Fernando Gabeira, apoiado pela coligação PV-PSDB-DEM-PPS, será candidato ao governo do Rio mesmo que o ex-prefeito Cesar Maia insista em disputar o Senado. Gabeira não gosta da ideia de ser associado a Maia, mas gosta muito menos da hipótese de abandonar a disputa majoritária e continuar na Câmara.

As manifestações de contrariedade reiteradas nos últimos dias pelo deputado se destinaram a assinalar a distância que o separa do ex-prefeito, não a preparar o terreno para a ruptura com os aliados. Em conversa com VEJA.com, Gabeira desmentiu a existência de um Plano B e assegurou que não pretende condicionar o prosseguimento da campanha à composição da chapa para o Senado.

Numa reunião entre o candidato e dirigentes dos quatro partidos da coligação, ficou também decidido que o PV do Rio apoiará José Serra caso a eleição presidencial seja decidida num segundo turno.

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quarta-feira, 14 de abril de 2010

MOVIMENTO MARINA SILVA

aliança de cidadãos por um Brasil democrático e sustentável
Uma mensagem a todos os membros de MOVIMENTO MARINA SILVAUm novo jeito de fazer política foi o tema do primeiro encontro do Movimento com Marina Silva neste último sábado em Belo Horizonte. Com a participação de mais de 400 pessoas no auditório da Faculdade de Direito da Escola Superior Dom Helder Camara, Marina respondeu ao conjunto de perguntas feitas pel@s participantes do movimento com a mediação de Eduardo Rombauer. Em tom informal Marina expôs suas idéias sobre política enfatizando os desafios contemporâneos para construirmos um outro modelo de desenvolvimento. Citando Edgard Morin e Leonardo Boff, Marina falou da importância política das amplas alianças que se formam entre pessoas comprometidas em comunidades de pensamento e destino. São estas alianças orientadas com visões estratégicas e generosas com as gerações futuras que irão construir uma outra forma de fazer política de maneira multicêntrica e colaborativa. Ao escutar a
leitura da carta de princípios do movimento feita por Cassio Martinho, Marina se emocinou e disse que as palavras reavivaram na sua memória os momentos históricos de militância junto com Chico Mendes. Com o sucesso do primeiro encontro, outros grupos locais do movimento estão se articulando para realizarem espaços de diálogo criativo e pedagógico com Marina. Clique
"http://www.flickr.com/photos/42298624@N07/">aqui para ver algumas fotos do encontro em Belo Horizonte.

Somos muitos e cada vez somos mais! Depois de Fernando Meirelles, outro renomado cineasta se encontrou com Marina. Desta vez foi o diretor do filme Avatar, James Cameron. Cameron e Marina conversaram sobre a narrativa fílmica de Avatar e a importância da militância socioambiental nos dias de hoje. Marina escreveu um artigo recente
sobre a história contada no filme e as afinidades com sua trajetória de vida nos seringais do Acre. O cineasta James Cameron ficou impressionado e elogiou a militância política de Marina e sua liderança estratégica para o Brasil. Veja no nosso site o vídeo depoimento de Cameron, e aqui o artigo completo de Marina.

Twiteir@s com Marina. A mobilização pró-Marina está crescendo nas redes sociais. O twitter oficial do movimento @acaradobrasil já possui mais de 6000 seguidores e está se tornando uma força importante de apoio para Marina. Ontem com a participação de várias pessoas Marina Silva apareceu no Trending Topics do Brasil. Vamos aumentar ainda mais nossa participação disseminando os hashtags #movmarina e #apoiomarina.

Aplicativos pró-marina. Ainda no twitter foi desenvolvido recentemente por @marcogomes um aplicativo chamado @apoiomarina para facilitar a disseminação automática de mensagens postadas pelo blog oficial da Marina (http://apoio.minhamarina.org.br/). É uma forma criativa e simples para podermos fazer com que um número cada vez maior possa acompanhar o dia-a-dia de Marina e suas idéias/opiniões sobre os mais diferentes assuntos.

“Marineira” da Semana. O destaque desta semana é a designer Gabriela Juns, mais conhecida no movimento como Gabi Juns. Gabi é a criadora da famosa imagem utilizada pelo movimento, e que acabou sendo incorparada no blog oficial de Marina. O exemplo da Gabi demonstra como o esforço de cada um de nós pode trazer uma grande contribuição para nossa atuação em rede. A imagem ganhou vida pelas mãos de Gabi, e hoje está ecoando nossa
mensagem de múltiplas maneiras via banners, camisetas, perfis no twitter, blogs, adesivos de carros.... e agora Gabi está mobilizando a expansão de sua atuação através do grupo de design gráfico, que já conta com 14 colaboradores.

terça-feira, 30 de março de 2010

Dr. Aluízio Junior recebe homenagem

Dr. Aluízio Junior recebe homenagem da Associação dos Motociclistas do Rio de Janeiro

Foi com muito respeito e reconhecimento que a Associação dos Motociclistas do Rio de Janeiro – AMO-RJ e os motoclubes prestaram uma homenagem ao neurocirurgião Dr. Aluízio Junior, durante a 15ª edição do Encontro Internacional de Motociclistas de Rio das Ostras – OstrasCycle, no último sábado, dia 27.

A festa de 15 anos do evento de Rio das Ostras contou com a participação de cerca de 550 motoclubes de todo Brasil e da América Latina e teve seu ponto alto na noite de sábado, quando, entre um show e outro, a AMO-RJ e os motoclubes locais – Jaguar do Asfalto e Ostrasdeiros – prestaram algumas justas homenagens.

Dr. Aluízio recebeu a Medalha de Honra ao Mérito das mãos do presidente da AMO-RJ, Aloisio Braz, que lembrou as tantas vidas que o neutrocirurgião salvou durantes estes 15 anos de festa, uma vez que atende na rede pública de Macaé, e dá apoio a Rio das Ostras neste tipo de serviço. “Durante estes anos tivemos sempre o apoio e a dedicação do Dr. Aluízio por traz da nossa festa. Ele salva vidas e cuida dos motociclistas, isso é fundamental para que tenhamos companheiros de volta à atividade”, disse o presidente da AMO-RJ.

Os presidentes do Jaguar do Asfalto, Alexandre Garcia, o “Xandão”, e do Ostrasdeiros, Robson Viana, entregaram uma placa em reconhecimento “a contribuição e comprometimento nos excelentes serviços prestados na área da saúde, onde ficou evidenciado a sua dedicação, que contribuiu, sobremaneira, para salvar muitas vidas durante os 15 anos de Encontros de Motociclistas”, e lembraram dos companheiros motociclistas salvos pelo Dr. Aluízio e que já voltaram às estradas.

Emocionado, Dr. Aluízio Junior fez questão de dividir as homenagens com todos os profissionais de saúde que passam a vida salvando as pessoas. “Não faço nada sozinho. Preciso dividir este momento com meus colegas. O apoio dos outros profissionais de saúde, enfermeiros, técnicos, é fundamental para que continuemos a salvas vidas”, dedicou.

Depois de receber as homenagens no palco principal do evento em Rio das Ostras, Dr. Aluízio deu uma entrevista na Rádio OstrasCycle e falou sobre prevenção. “Poder salvar vidas é uma grande responsabilidade, uma dádiva que Deus me concedeu, mas o que realmente pode evitar que as pessoas cheguem até nós, profissionais de saúde, é a prevenção. É muito importante que os motociclistas e motoristas respeitem as leis do trânsito e usem os equipamentos de segurança”, alertou.

Além do Dr. Aluízio, também foram homenageados o assistente da Secretaria de Turismo de Rio das Ostras, João Marcelo “Théo”, e os integrantes do Motoclube Cruz de Ferro, de Ubatuba/SP.
O presidente da AMO-RJ (E) entrega a Dr. Aluízio as homenagens, ao lado o presidente do Ostradeiros, Robson Viana
Foto de Ronaldo Farias

quarta-feira, 24 de março de 2010

Gabeira critica atitude do presidente Lula

Gabeira critica atitude do presidente Lula
em relação aos royalties em visita à Macaé

O pré-candidato ao governo do Rio e deputado federal, Fernando Gabeira (PV) criticou a atitude do presidente Lula em relação à redivisão dos royalties durante a entrevista coletiva que participou nesta sexta-feira, dia 19, em Macaé.
Além da confirmação da candidatura, os royalties também fizeram parte da pauta da coletiva. Gabeira disse que estranha a atitude do presidente Lula que tenta interceder na conciliação dos países do Oriente Médio e “lava as mãos” nesta questão federativa onde Rio de Janeiro e Espírito Santo lutam contra o restante dos Estados pelos royalties do petróleo. “Como pode o presidente Lula não querer apaziguar esta questão e deixar a cargo do Senado?”, questionou ele.
Gabeira foi recebido em Macaé pelo presidente do PV local e pré-candidato a deputado federal, Dr. Aluízio Jr. Fez palestra para alunos de uma faculdade sobre “Crescimento e Sustentabilidade”, se reuniu com empresários locais e na manhã de sábado, dia 20, visitou os bairros carentes de Nova Esperança e Nova Holanda.

Gabeira visita Macaé


Gabeira visita Macaé e defende os royalties do Rio de Janeiro
usados com responsabilidade

O pré-candidato ao governo do Rio e deputado federal, Fernando Gabeira (PV) visitou Macaé na semana passada e numa entrevista coletiva defendeu a manutenção dos valores dos royalties recebidos pelo Rio de Janeiro.
A visita começou com uma coletiva de imprensa no Macaé Othon, na tarde de sexta-feira, dia 19, onde Gabeira falou sobre a emenda Ibsen Pinheiro, que trata da redivisão dos royalties, política de alianças do PV, e o programa de governo. Em seguida, o deputado fez uma palestra na Faculdade Salesianas sobre “Crescimento e Sustentabilidade” e à noite esteve com empresários locais.
Gabeira foi recebido pelo presidente do PV de Macaé e pré-candidato a deputado federal, Dr. Aluizio Jr, que também participou da coletiva. O deputado criticou a atitude do presidente Lula em relação a redivisão do royalties e disse que há "excesso de confiança" por parte do governador Cabral. “Lula tenta interceder na conciliação dos países do Oriente Médio e lava as mãos nesta questão federativa onde Rio de Janeiro e Espírito Santo lutam contra o restante dos Estados pelos royalties do petróleo, isso é falta de pulso”, alfinetou.
Totalmente a favor da luta do Rio de Janeiro, Gabeira também quer que os municípios utilizem melhor as verbas dos royalties. Para isso, o pré-candidato a governador quer criar conselhos comunitários para fiscalizar a destinação destes recursos. “É preciso haver mais transparência na aplicação destes recursos. Defendo a permanência dos royalties em nosso estado, até porque é aqui que sofremos os maiores impactos sociais. Mas é preciso haver responsabilidade na aplicação deste dinheiro. A população deve saber exatamente para onde está indo todo este dinheiro”, explicou.
POLÍTICA – Ainda em fase de “aparar arestas” a coligação PV-PSDB-DEM-PPS também foi tema da coletiva e das perguntas dos estudantes macaenses. Aliás, Gabeira e Dr. Aluízio aproveitaram para esclarecer como vão lidar com isso durante as eleições 2010.
Segundo Gabeira, há um novo cenário onde a sociedade vai discutir programas porque não estão satisfeitos com prefeitos e vereadores que estão no poder. “Não podemos ser julgados porque temos apoio da “direita”. Do mesmo jeito que temos o apoio do DEM, o PT tem em sua coligação o PP. O ideal seriam coligações mais nítidas, mas estamos vivendo um novo tempo. É o início de uma caminhada para sermos mais unidos”, explicou o pré-candidato ao governo do Rio.
Dr. Aluízio descartou a possibilidade de dividir idéias com o PSDB em Macaé e disse que a coligação não se transporta para a proporcionalidade. “Nós discutimos programas e não diferenças pessoais. No momento nosso programa não tem nada a ver com o do PSDB local. Não podemos ficar sujeitos a prefeitos e deputados com propostas simbióticas, precisamos discutir um Rio de Janeiro sem royalties e com qualidade de vida, e para isso estamos trabalhando para eleger Gabeira governador e Marina presidente da República”, esclareceu o pré-candidato a deputado federal pelo PV de Macaé.
Esta decisão do Dr. Aluízio conta com o apoio de Gabeira. “O meu apoio a Aluízio está mais do que claro. A política de alianças do PV em nível estadual não pode interferir na ideologia política de nossos aliados nos municípios. Em Macaé, Aluízio e Silvio continuam em caminhos políticos diferentes e nós respeitamos isso", disse Gabeira.
PROGRAMA – Gabeira e Dr. Aluízio comungam da ideia de discutir programa de governo com a sociedade.
O pré-candidato ao governo disse que é preciso garantir, através da eleição dos deputados federais e senadores a manutenção dos royalties, tão necessários para o desenvolvimento da região. “Por isso é tão importante a eleição de Dr. Aluízio para a Câmara Federal. Segundo, é preciso investir em habitação popular, saneamento e segurança pública, áreas bem deficientes em Macaé e em todo Estado, por isso necessitam de mais atenção do governo estadual”, disse Gabeira, que recebeu do Dr. Aluízio uma avaliação geral da saúde para incluir no seu programa de governo que deverá ser apresentado em junho.

Fernando Gabeira acompanha presidente do PV de Macaé na visita a bairros carentes

O pré-candidato ao governo do Rio, deputado federal Gabeira (PV) estendeu a visita a Macaé até sábado, dia 20. Pela manhã, acompanhado do presidente do Partido Verde local, Dr. Aluízio, visitou as comunidades carentes de Nova Esperança e Nova Holanda.
Durante três horas Gabeira e Aluízio caminharam pelas ruas cheias de lama dos bairros, que, no papel, teriam recebido mais de R$ 35 milhões de investimentos da Prefeitura de Macaé e R$ 1,1 milhão do PAC (Programa de Aceleração do Crecimento do Governo Federal) para obras de drenagem, saneamento básico e pavimentação.
As placas de obras estão espalhadas pelas ruas dos bairros esquecidos pelo governo municipal. Segundo moradores, existe lama mesmo quando não chove. Os buracos das obras, abertos há dois anos, viraram bolsões de esgoto e falta de saneamento básico já fez quatro vítimas de leptospirose. “Isso é um descaso com essa gente. O trabalho a ser feito aqui é muito grande, é uma obra importante que tem como objetivo melhorar a vida das pessoas e resgatar a cidadania de cerca de 20 mil habitantes”, analisou Gabeira.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Marina vira "celebridade" no Dia da Terra


Pré-candidata do PV à Presidência, a senadora Marina Silva
(AC) terá seu momento de celebridade internacional no dia 25
de abril, quando participará como oradora, em Washington,
do 40º aniversário do Dia da
Terra (The Earth Day). O coordenador nacional da pré-campanha de Marina,
o vereador
Alfredo Sirkis (PV-RJ), confirmou ontem a presença da senadora no
evento.

O badalado encontro internacional, organizado pela
Earth Day Network, colocará a
senadora ao lado de figuras como o ator Leonardo DiCaprio, o
ex-vice-presidente dos Estados
Unidos Al Gore, o diretor Martin Scorsese, a cantora Barbra
Streisand e o fundador da rede
de TV americana CNN, Ted
Turner, além de uma infinidade de artistas, músicos, cineastas, atletas e
ambientalistas, todos membros do comitê consultivo da Earth Day.

A Earth Day Network é uma
rede global de proteção ao meio
ambiente, pró desenvolvimento sustentável, que reúne parceiros e
entidades ambientalistas de 174 países. A estimativa
da rede é que até 1 bilhão de
pessoas participem das atividades comemorativas do Dia da
Terra, em abril, para promover
a conscientização mundial sobre questões ambientais.

O evento deverá ser transmitido ao vivo pela CNN e contará, ainda, com a presença de representantes do alto escalão do
governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

A direção do PV espera que Marina tenha a oportunidade
de manter contatos com membros do governo norte-americano e também com o
democrata Al Gore. O comando da
pré-campanha do PV estuda a
viabilidade de um encontro da
senadora com o democrata no
Brasil, no próximo final de semana, mas há problemas de
compatibilidade de agenda.
Al Gore estará em Manaus
nos dias 26 e 27 deste mês, ao
lado do diretor de cinema James Cameron, do filme "Avatar". Ambos
participarão do 1º
Fórum Internacional de Sustentabilidade. Trata-se de
evento privado, para o qual Marina não foi convidada.

Segundo o ex-deputado Luciano Zica (PV-SP), que cuida da agenda pré-eleitoral de Marina, a senadora, nestes dias, estará em
Serra Negra, Atibaia e
Araraquara. Além de encontro
com prefeitos e com militantes
do PV, Marina conversará com
mulheres trabalhadoras rurais
de São Paulo. Até o momento, o
PV ainda não conseguiu viabilizar um encontro de Marina
com Al Gore no Brasil.

O convite para Marina discursar no mais importante
evento do 40º aniversário do
Dia da Terra, que será celebrado em simultaneamente em várias cidades
dos EUA, partiu da
presidente do Earth Day Network, Kathleen Rogers. A pré-candidata é
convidada a falar
sobre "sua conexão pessoal

quinta-feira, 11 de março de 2010

Sexta feira, dia 19 de março em Macaé, teremos a visita do Deputado Federal do PV, Fernando Gabeira, pré candidato ao Governo do Estado do Rio de Janeiro.
Estarão também presentes, o médico neurocirurgião Aluízio Júnior, Presidente do Partido Verde de Macaé e pré candidato a Deputado Federal, o médico psiquiatra Jorge de La Rocque, Presidente em Rio das Ostras e Coordenador Regional do Partido Verde, o ambientalista Fernando Guida, membros da Executiva Estadual e Nacional do Partido e ele também pré candidato a Deputado Estadual entre outros pré candidatos, amigos,militantes e simpatizantes.
Programação
Entrevista Coletiva
Passeata pelo Centro da Cidade
Encontro com Estudantes locais
Jantar com lideranças políticas e empresariais da cidade

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Não podemos compactuar com a subtração da liberdade

Marina Silva critica relação do governo Lula com Venezuela, Cuba e Irã: 'Não podemos compactuar com a subtração da liberdade'
O Globo; CBN
Reuters


RIO - A senadora Marina Silva (AC), pré-candidata do PV à sucessão presidencial, criticou nesta sexta-feira, em entrevista à rádio CBN, a política externa do governo Lula em relação à Venezuela, a Cuba e ao Irã. Ao comentar os laços do Brasil com o presidente Hugo Chávez, que apoia a candidatura da ministra Dilma Rousseff, Marina disse que não se pode "compactuar com a subtração da liberdade".

Nós não podemos, em hipótese alguma, compactuar com a subtração da liberdade, do direito de expressão, da livre forma de pensamento
- Não podemos ficar reféns dessa combinação que é um pouco preocupante, da democracia representativa com a democracia direta. No caso da América Latina, a Venezuela tem uma ênfase plebiscitária que pode colocar em risco a alternância de poder, a subtração de liberdade. Nós não podemos, em hipótese alguma, compactuar com a subtração da liberdade, do direito de expressão, da livre forma de pensamento - destacou ela, durante entrevista à âncora Lucia Hippolito.

De acordo com a senadora, Cuba também precisa se abrir para a democracia.

- A revolução contribui com alguns aspectos? Contribuiu e muito. Agora, é o fim da história? Não é. Existe um desafio ali? Existe. Qual é o desafio? É de que Cuba precisa se abrir para o mundo, precisa se transformar numa a democracia. Cuba não tem que ter medo da democracia porque até os amigos de Cuba já começam a ser constrangidos pela falta de liberdade de expressão - analisou Marina, que ao sair do estúdio acrescentou que alguns princípios básicos não podem ser relativizados pelo governo brasileiro:

- A defesa da liberdade, dos direitos humanos e de expressão precisam ser defendidos como um valor. No caso de Cuba, essas liberdades estão sendo cercadas e com graves problemas que causam constrangimento para aliados de Cuba. Os que silenciam não estão ajudando para que Cuba avance rumo à democracia.

- Se isso é importante para o Brasil e para os brasileiros, por que não é importante para os cubanos? - questionou.

A política do governo Lula em relação ao regime cubano e as supostas violações de direitos humanos cometidas na ilha também foram alvos de críticas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso nesta sexta-feira.

- Sempre fui contrário ao embargo a Cuba, que já mostrou que não deu resultado. Mas, acho que temos que ter uma posição bastante firme na questão dos presos políticos e direitos humanos. Uma coisa não está conectada a outra - disse FH, após evento da ONG Viva Rio na capital fluminense.

Nesta semana, o preso político Orlando Zapata morreu na ilha após greve de fome de mais de 80 dias. O presidente Lula, que visitava o país na ocasião, foi alvo de críticas da oposição por seu silêncio diante do ocorrido.

Durante a entrevista, Marina Silva criticou ainda a postura do governo Lula em relação ao Irã. O Brasil defende o direito iraniano de manter um programa nuclear, desde que para fins pacíficos, e discorda das sanções ao país islâmico no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

- Temos essa atitude do presidente Lula em relação ao Irã, que não está sendo entendida por ninguém no mundo, nem mesmo pelo Sarkozy, que é um parceiro do presidente Lula. É um país democrático e ocidental que está se colocando uma forma que não está sendo compreendida nem internamente, nem externamente - afirmou.

Na semana que vem, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, visitará o Brasil num esforço diplomático a fim de convencer o governo Lula a mudar sua posição de resistência à aprovação de sanções contra o Irã na ONU.

Marina Silva reconheceu, no entanto, que há avanços em alguns aspectos da política externa do governo Lula. E destacou a relação do Brasil com os Estados Unidos.

- Na relação com os Estados Unidos, eu diria que temos uma coisa muito positiva. O Brasil não é um país caudatário, os Estados Unidos não têm razões para nos olhar com desconfianças. Estamos ali construindo uma relação cada um do tamanho que tem, mas uma relação de respeito sobre o papel que cada um pode desempenhar, inclusive no papel que o Brasil desempenha no contexto da América Latina - avaliou.

Para ela, o presidente Lula também inovou ao combinar a diplomacia clássica, do Itamaraty, com uma diplomacia palaciana.

- O presidente Lula inovou em parte com algumas coisas, combinando a diplomacia clássica, do Itamaraty, com uma diplomacia palaciana. Isso sem errar na medida para não criar um desequilíbrio para a diplomacia palaciana e as ações de Estado do Itamaraty. Isso pode ser uma inovação boa porque existem alguns temas que, historicamente, vinham sendo tratados de forma muito reativa.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Pandora também pode ser aqui.

"Minha meta é ser uma pessoa tão boa
como meus animais acreditam que eu seja!"
Por Marina Silva, professora de ensino médio, senadora (PV-AC) e ex-ministra do Meio Ambiente

E-mail:marina.silva08@terra.com.br

Fonte: Agencia latinoamericana de información

O Ibama concedeu a licença prévia para a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Trata-se de um projeto muito polêmico, localizado no rio Xingu, no Pará, próximo ao município de Altamira, numa região conhecida como Volta Grande do Xingu. O nome deve-se ao desenho do rio que, visto de cima, assemelha-se a uma "ferradura".

Por meio de barragens, as águas do rio serão desviadas para um canal que unirá as pontas mais próximas dessa "ferradura". Ao final desse canal, as águas passarão pelas turbinas antes de retornarem ao seu curso normal.

Como tudo na Amazônia, os números que envolvem a obra são gigantescos. A quantidade de terra e pedra que será retirada na escavação do canal é cerca de 210 milhões de m³ - um pouco menor da que foi removida na construção do Canal do Panamá. E ainda nem se definiu qual a destinação desse material.

Pelo leito do rio Xingu passa uma vazão de 23.000 m³/s de água no período de cheia. Um volume correspondente a quatro vezes a vazão, também nos períodos de cheia, das Cataratas do Iguaçu.

Os impactos socioambientais também terão essa mesma ordem de grandeza. E ainda não foram concluídos. Só sobre a fauna, segundo dados coletados durante o Estudo de Impacto Ambiental, podemos ter uma idéia. Na área existem 440 espécies de aves (algumas ameaçadas de extinção, como a arara-azul), 259 espécies de mamíferos (40 de porte médio ou grande), 174 de répteis e 387 de peixes.

Apenas a eficiência energética da usina não será tão grande. Uma obra colossal que custará certamente mais de R$ 30 bilhões - se somados todos os gastos, como o custo e a extensão da linha de transmissão, por exemplo - terá uma capacidade instalada de gerar, em média, 4.428 MW, em razão do que poderá ser suportado pelo regime hídrico do rio, nesta configuração do projeto. E não os 11.223 MW que estão sendo equivocadamente anunciados.

A energia média efetiva entregue ao sistema de distribuição será de 39% da capacidade máxima de geração, enquanto a recomendação técnica indica que essa eficiência seja de pelo menos 55%.

Para que Belo Monte possa apresentar um grau de eficiência energética compatível com as recomendações técnicas, seria necessária a construção de outras três hidrelétricas na bacia do rio Xingu, que teriam a função de regularizar a vazão do rio. Por ora, a construção dessas usinas foi descartada pelo governo porque estão projetadas para o coração da bacia, onde 40% das terras pertencem aos indígenas.

No entanto, a insistência em manter o projeto nessa dimensão (apesar de haver alternativa de barragem com quase metade da capacidade instalada e perda de pouco mais de 15% na potência média gerada) provoca forte desconfiança, tanto dos analistas como das comunidades e dos movimentos sociais envolvidos, de que a desistência de construir as outras três hidrelétricas seja apenas temporária.

A população indígena - são mais de 28 etnias naquela região - ficará prensada entre as cabeceiras dos rios que formam a bacia, hoje em processo acelerado de exploração econômica e com alto nível de desmatamento acumulado. E a barragem, além de interromper o fluxo migratório de várias espécies, vai alterar as características de vazão do rio.

É incrível que um empreendimento com esse nível de interferência em ambientes sensíveis seja idealizado sem um planejamento adequado quanto ao uso e à ocupação do território.

A solução de problemas dessa dimensão não pode ser delegada exclusivamente a uma empresa com interesse específico na exploração do potencial hidrelétrico, com todas as limitações conhecidas do processo de licenciamento.

Com a obra, são esperadas mais de 100 mil pessoas na região. Não há como dar conta do adensamento populacional que será provocado no meio da floresta amazônica, sem um planejamento para essa ocupação e um melhor ordenamento do território. Isso só pode ser alcançado através da elaboração de um Plano de Desenvolvimento Sustentável na região de abrangência da obra.

Essa foi uma grande omissão nesse processo, mas não a única. Não temos como deixar de indagar se não há outros aproveitamentos hidrelétricos que seriam mais recomendados, sob o ponto de vista dos impactos ambientais ou da eficiência energética.
No entanto, não há projetos com estudo de viabilidade técnica e econômica prontos para serem submetidos ao licenciamento ambiental. Apesar de o diagnóstico ser conhecido desde 2003, apenas em meados do ano passado foram finalizadas as primeiras revisões de inventário de bacia hidrográfica, como a do Tapajós.

Com isso, projetos polêmicos e com grandes impactos têm que ser analisados em prazos muitas vezes incompatíveis com o grau de rigor que deveriam ter, numa clara demonstração de como, muitas vezes, os ativos ambientais são afetados pela falta de planejamento de outros setores de governo.

Porém, nada foi mais afetado do que nosso compromisso ético frente à responsabilidade com o futuro de povos e culturas. Não foram sequer feitos estudos sobre os impactos que os povos indígenas terão. Só para exemplificar, o que significará para eles ter a vazão reduzida significativamente num trecho de 100km em função do desvio das águas para o canal? O plano de condicionantes tampouco menciona a regularização de duas Terras Indígenas (Parakanã e Arara), já bastante ameaçadas.

Estas e outras comunidades indígenas manifestam inconformidade por não terem sido ouvidas adequadamente, segundo os preceitos da Resolução 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificada pelo Brasil, mas nunca implementada para valer.

O Brasil possui um importante potencial de geração de energia hidrelétrica a ser desenvolvido. Mas as dificuldades em retomar o planejamento do setor na velocidade que possibilite escolhas e uma análise segura por parte do setor ambiental, somada à indisposição em discutir uma proposta de desenvolvimento sustentável para as obras de infraestrutura localizadas na Amazônia, à percepção de que o governo não faz o suficiente para melhorar a eficiência energética do sistema (não só na geração) e para desenvolver as energias alternativas, acaba por produzir conflitos agudos e processos equivocados, que poderiam ser evitados.

Apesar dos discursos em contrário, ainda estamos operando no padrão antigo, que considera o meio ambiente como entrave ao desenvolvimento. Temos ainda um longo dever de casa a ser feito para ingressarmos definitivamente no século 21. Quem pensa que a história relatada no filme Avatar só pode ocorrer em outro planeta, engana-se: Pandora também pode ser aqui.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010